5G terá impactos positivos no setor do ensino e educação

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Fotografia de um pai sentado ao lado da sua filha, que segura um aparelho de celular. No canto direito a logomarca do site Podecomparar by Selectra

Cada vez mais presente nas instituições, o ensino híbrido pode ser um grande beneficiado com o 5G. Isso porque uma melhor conectividade poderá proporcionar aos alunos uma experiência mais imersiva do ensino.

A quinta geração das redes móveis, mais conhecida como 5G, tem sido um assunto corriqueiro de debate em diversas áreas. Esta tecnologia promete mudar a vida das pessoas e de empresas, aumentar a competitividade, além de transformar setores, como o da educação. Com mais alcance e velocidade e menos tempo de resposta, o 5G tem o potencial de revolucionar a conectividade no País. Algo que pode trazer inúmeros benefícios para o setor da educação, que tem investido cada vez mais em tecnologia e ensino à distância. E permite a possibilidade de evolução do ensino em sua totalidade.

Tecnologias para a educação

Cada vez mais presente nas instituições, o ensino híbrido pode ser um grande beneficiado com a tecnologia 5G. Isso porque uma melhor conectividade poderá proporcionar aos alunos uma experiência mais imersiva do ensino. Por exemplo, pode facilitar o download de aplicativos (apps) durante as aulas para setem realizadas as atividades propostas.

Com a chegada do 5G, permitindo acesso extremamente rápido aos conteúdos, algumas ferramentas tecnológicas utilizadas para a aprendizagem têm muito a ganhar. Alguns exemplos são os sistemas de realidade virtual e aumentada, dispositivos hiperconectados que permitem treinamento à distância, telas de alta definição que levam realismo a salas virtuais, além de equipamentos de projeção realística, que tornam possíveis hologramas de pessoas e objetos. Com aulas mais imersivas, os alunos poderão, ainda, estudar sobre partes do corpo humano de uma maneira mais realista ou até mesmo ter acesso a momentos históricos.

O 5G, considerado uma evolução das gerações móveis anteriores, pode ainda abrir portas para um uso maior da Internet das Coisas (IoT), fazendo com que haja uma inclusão da robótica em sala como material didático.

A Inteligência Artificial também pode ser utilizada visando personalizar o ensino dos estudantes. Com isso, o docente poderá mapear dificuldades e pontos fortes dos alunos. As aulas poderão se tornar mais dinâmicas, com maior engajamento dentro da sala de aula.

Diante de todos esses pontos, não se pode fechar os olhos para o potencial de novos caminhos de ensino que podem ser proporcionados por esta nova tecnologia de redes móveis, que incluem também a facilitação para acesso a novas áreas.

Uma pesquisa realizada pela Pearson Education, serviço de publicação e avaliação educacional inglesa, apontou que, enquanto 39% da Geração Z prefere aprender com um docente que conduz a instrução, o YouTube também é o método de aprendizado preferido número 1. Além disso, mostra que 47% deles passam três horas ou mais por dia na plataforma de vídeo. Por outro lado, os millennials precisam de mais flexibilidade. Ou seja, é provável que prefira o aprendizado autodirigido apoiado por cursos on-line com palestras em vídeo. O estudo mostra que, apesar de serem conhecidos por serem a geração "plugada", muitos millennials ainda preferem um livro à moda antiga.

Ainda segundo a pesquisa da Pearson, as duas gerações são positivas sobre o futuro da tecnologia na educação: 59% da geração Z e 66% dos millennials acreditam que a tecnologia pode transformar a maneira como os estudantes universitários aprendem no futuro.

Melhoria na qualidade do ensino público

Dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (PNAD) Contínua, que investigou no último trimestre de 2019 o acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), apontou que o percentual de estudantes, de 10 anos ou mais, com acesso à Internet cresceu 86,6%, em 2018, para 88,1% em 2019. No entanto, 4,3 milhões ainda não utilizavam o serviço, sendo a maioria dos alunos de escolas públicas (95,9%). Enquanto 4,1 milhões de alunos da rede pública de ensino não tinham acesso ao serviço, só 174 mil alunos do setor privado não tinham conexão à Internet. O estudo é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o edital de licitação do 5G, publicado em 2021 pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), uma parte das operadoras de telefonia vencedoras do leilão terá que investir R$ 7,6 bilhões em um programa destinado a levar Internet de qualidade às escolas públicas de educação básica. Este montante é uma das contrapartidas previstas no documento. O leilão do 5G deve movimentar, ao todo, R$ 49,7 bilhões, se todos os lotes forem arrematados. A conectividade das instituições de ensino públicas ficarão a cargo das vencedoras da faixa de 26 gigahertz (GHz).

Mais cinco capitais em outubro

A Anatel liberou no início de outubro a ativação do sinal 5G em mais cinco capitais brasileiras: Belém (PA), Macapá (AP), Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC). Todas ficam na região Norte. Com isso, cabe às operadoras oferecerem o serviço aos clientes. Essas cinco capitais se juntam às demais e, assim, se completa a primeira fase inicial da operação, cujo objetivo é finalizar a implantação desta tecnologia nas 27 capitais do País.