America Net quer disputar faixas no leilão de 5G

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America Net considera entrar na disputa pelas faixas de 50 MHz e 5G, se o Conselho Diretor da Anatel mantém o modelo atual, que conta com um bloco reservado para operadoras de pequeno porte.


Leilão 5G

Segundo o próprio conselheiro da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Vicente Aquino, a intenção da Anatel é reservar um bloco de espectro para operadoras de pequeno porte ao longo do leilão de 5G no Brasil. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) já notificou que o leilão de frequências para o 5G, previsto para março de 2020, provavelmente só ocorra no segundo semestre do ano ou em 2021.

O motivo deste atraso já é conhecido: na frequência 3,5 GHz, o 5G pode causar interferências na TV via satélite.

Segundo estudo da Ericsson, o governo vai deixar de arrecadar mais de R$ 25 bilhões em impostos, caso a licitação atrase para 2021.

No meio das incertezas, as provedoras regionais, como a America Net, buscam ter um maior controle das informações relativas às suas possibilidades de entrar na disputa do 5G no país.

America Net: a disputa pelo 5G começa agora

A guerra pelas faixas de 5G já iniciou faz tempo, e não será somente durante o leilão realizado entre as operadoras do país. O Conselho Diretor da Anatel ainda tem que avaliar a minuta, propor modificações e comunicar a decisão sobre qual será a modelagem final adotada pela Anatel.

O Conselheiro ouviu nossos anseios e apresentou uma proposta consoante os fundamentos da LGT onde a estrutura regulatória prioriza beneficiar o usuário final, e não à tecnologia.
José Luiz Pelosini.

Em um gesto de cumplicidade com Vicente Aquino, conselheiro da Anatel, o vice-presidente da America Net elogiou a proposta de manter o modelo atual, que reserva um bloco somente para as operadoras competitivas, e espera que a resolução final da Anatel favoreça não só as pequenas operadoras, mas também o usuário final.

America Net Mobile: MVNO com rede da TIM

O trabalho das pequenas operadoras (ou operadoras competitivas) está sendo impecável até então. Estas companhias, com uma menor abrangência quando comparadas com as grandes operadoras, já têm notas mais altas nas pesquisas de satisfação da Anatel e se somamos os porcentagens das grandes operadoras, o market share do serviço de banda larga das provedoras regionais é maior que o de uma grande operadora analisada individualmente (Claro, Oi e Vivo).

O mercado está em constante evolução e parte desta criação de novos paradigmas no cenário das telecomunicações é justamente o surgimento de estratégias inovadoras, como as operadoras MVNO e MVNE, isto é, grandes provedores que cedem sua rede para que outras operadoras (geralmente regionais) possam operar usando sua rede móvel.

A America Net é um claro exemplo de MVNO de sucesso que opera na rede da TIM. De fato, a companhia criou uma unidade específica para sua oferta móvel: America Net Mobile e espera ainda ter mais de um milhão de assinantes para os três próximos anos.

Em síntese, o trabalho entre as pequenas e as grandes provedoras está fazendo com que os verdadeiros beneficiados sejam os consumidores finais, que esperam sempre o melhor serviço, pelo melhor preço.